90's

Oba! Noventinhas do século XX, está aí um pouco do trabalho apresentado sobre a década!

Foi na década de 90 começaram surgir as faculdades de moda paulistanas. Foi também nesta década que foram implantados os Plano Collor 1 e 2, com medidas econômicas para conter a inflação que já ultrapassava 4.000% ao ano.

O Brasil deixa de fabricar tecidos e começa a importar por um preço bem melhor. Com o alto custo para a confecção de peças do vestuário, começa também a importar roupas. Entre 92 e 97 mais de 700 empresas da área têxtil fecharam as portas e mais de 1 milhão de pessoas perderam o emprego.

 O país começou a receber mais produtos importados como CDs e revistas. O jovem brasileiro começa a ser globalizado e aprender em sala de aula sobre a Era da Globalização.

Surgem os Clubbers, vestidos com muitas cores e roupas descoladas. Eram frequentadores de boates e draggs, alguns vestidos por nada menos que Alexandre Herchcovitch. 

 Os Grunges também foram figuras presentes na década de 90. A banda de rock Nirvana representa bem o estilo de roupas e músicas da tribo. Mas foram muitas as bandas de rock que ganharam espaço nesta década, como Offspring, Greenday, Blur, Bush, The Cranberries, The Cardigans, Hole, Live, No Doubt entre outras tantas...

Era comum ouvir “mauricinho” e “patricinha”, ou “pati”, como eram chamados os Yuppies, outra tribo noventinha. 

Em geral, as pessoas pertenciam à uma destas tribos.

Em 93 Herchcovitch conclui seu curso e faz seu desfile de formatura.

Em 94 foi realizada a primeira edição do Phytoervas Fashion, que durou dois anos com edições de inverno e verão, onde desfilaram Walter Rodrigues, Fause Haten, Marcelo Sommer e Alexandre Herchcovitch.

Em novembro de 94 aconteceu um ciclo de debates chamado “Atitude 1 Ano”, produzido pela Folha de S. Paulo, onde participaram estilistas, fotógrafos, produtores e demais envolvidos no mundo da moda brasileira, levantando a questão da identidade nacional na moda.

E foi também em 94 que foi implantado o Real, a nova moeda brasileira, mais estável e valorizada, que deu o primeiro impulso para que o país pudesse crescer e se desenvolver.

Em 95 Ocimar Versolato desfila na Semana Prêt-à-Porter de Paris.

Em 96 o Morumbi Fashion traz Lino Villaventura com suas características amazônicas.

No final da década explode o vulcão Gisele, e em 99 a Vogue decreta o retorno das curvas.

As modelos brasileiras começam a ter mais visibilidade. Nossos estilistas estão pelo mundo. A moda ganha o Brasil como inspiração e o Brasil ganha o mundo da moda.

 

As capas das revistas pediam um look "cara lavada" equanto os editoriais apelavam para o "heroin chic".

Os exageros eram nos detalhes. As roupas mais usadas eram calça jeans baggy, cintura alta, as vezes colorida. A camisa de botão era abotoada até o pescoço, usada com um colar por cima. Blusas transparentes ou “segunda pele” evidenciavam o sutiã. A camisa xadrez entra de vez para os guarda-roupas dos grunges, sendo tão usada e “na moda” que até os yuppies aderiram a esta camisa como um curinga. Blusas de gola rolê, camisetas, calça capri, vestido curto com bermuda, vestido tubinho, saia lápis... Batom marrom, olhos com lápis preto, sem brilho, um pouco ou nada de ruge. Os acessórios também eram escuros lembrando um lado dark, e às vezes dourados e volumosos.

 

 

O seriado Barrados no Baile era oferecido pela TV aberta. As pessoas se inspiravam nos personagens para escolher seus looks e assim mostravam qual personalidade mais combinava com elas. Por exemplo: eu gosto da Brenda, vou me vestir/comportar/falar como a Brenda, porque sou ou quero ser como a Brenda. Tipo isso.

  

O filme As Patricinhas de Bervely Hills e Jovens Bruxas também foram muito inspiradores para looks e comportamento.

 E os grupos musicais também! Inspiração total vindo da mídia nos anos 90!

Quem quiser saber mais, sugiro o livro "A Moda" de Erika Palomino que conta a história da moda no Brasil. Gostoso de ler e com um recheio incrível em poucas páginas! A maior parte das informações daqui saíram dele.