Pop Art - USA


A Pop Art surgiu nos Estados Unidos na década de 50, inicialmente como forma de contestação. Segundo Archer (2001), até o início dos anos 60 a arte era dividida em pintura e escultura, mas a partir daí.a fotografia, as colagens cubistas e as performances futuristas começaram a ganhar espaço.
Em 1962, a revista Artforum criticou as formas de arte da época, que fugiam do convencional, como a Action Paiting de Jackson Pollock, o Bed, o Monogram e os Happenings Claes Oldenburg. Para o presidente do departamento de Arte da Universidade da Califórnia, Lester D. Longman, a arte cada vez mais falava como cultura dominante. Por mais que a junção de objetos e imagens possa produzir arte, tais objetos e imagens jamais perderão sua identificação com o mundo comum, e essa conexão com o cotidiano dá origem a uma vasta gama de materiais e técnicas até agora não associadas com o fazer artístico.
Archer afirma que no fim da década de 50 o interesse pelo corriqueiro, a disposição de abarcar o acaso e um novo senso visual, levaram a arte a duas direções: o pop e o minimalismo, sendo muita coisa compartilhada pelas duas correntes. Em 62, Roy Liechenstein, Andy Warhol, Tom Wesselman, James Rosenquist e Claes Oldenburg abriram caminho para o pop art, extraindo temas da banalidade dos centros urbanos norte-americanos, desviando do estilo emocional dos expressionistas abstratos. Eram usadas técnicas da cultura visual de massa. Muitos críticos da época rejeitavam a originalidade da pop art, negando qualquer tipo de novidade que essa corrente trouxe para o mundo artístico. Nada que já não tivesse sido experimentado no expressionismo. A repetição de imagens comerciais de produtos na arte reiterou a idéia das obras vistas como mercadoria. Mais tarde, com imagens pictóricas, estabeleceu-se uma relação entre os tempos real e fílmico.
Ainda segundo Archer, a pop art era o Realismo Capitalista na Europa. As repetições da vida diária e a proliferação de bens de consumo forçavam uma reconsideração de como se deveria avaliar a passagem do tempo, a produção de coisas e o entendimento da singularidade de um objeto. A pop art existia para uma platéia, pois tratava de algo que não era completamente vida nem completamente arte, mas uma combinação de reflexos sobre as qualidades do instante.
No entanto, Ostrower (2004) acreditava que este tipo de arte teria as características de uma corrente naturalista, uma vez que os objetos retratados são objetos vistos em nosso cotidiano, como alimentos e utensílios. Ostrower acredita que esta arte não pode ser uma manifestação.

Apesar de os artistas pop e seus porta-vozes loquazes pretenderem que se trata de um protesto – contra alguma coisa como a “banalidade” da vida moderna – nada existe em suas formas expressivas que justifique tal pretensão. (OSTROWER, 2004, p.348)

Ostrower acredita que as formas de linguagem utilizadas pertencem à “retórica publicitária, não alterando a mensagem que se passa ao público, portanto, não sendo uma maneira de protesto”.
Segundo Sousa no site Brasil Escola, “o movimento ‘pop art’ apareceu em um momento histórico marcado pelo reerguimento das grandes sociedades industriais outrora afetadas pelos efeitos da Segunda Guerra Mundial.” Como os Estados Unidos e a Inglaterra foram os principais países nessa situação, também foram os primeiros a inspirar a arte com base em imagens de celebridades, logomarcas, quadrinhos e produtos do mercado, coisas que não eram considerados arte.
A idéia, como Sousa nos mostra, era desconstruir a impressão original que esses produtos passavam, mostrando “a efemeridade daquilo que é oferecido pela era industrial”.


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